Capítulo 12
Os cubanos recebem uma cota de alimentos conforme a idade (crianças, adultos e anciões). Cada um conforme a necessidade alimentar, por exemplo, as crianças e os anciões tem prioridade em receber leite.
Aqueles que seguem uma dieta recomendada pelo médico, também tem prioridade sobre o alimento recomendado. Esse alimento é “doado” pelo governo. É uma espécie de “bolsa família”, só que para todos.
Quando o alimento chega nas bodegas (vendinhas), as pessoas avisam umas às outras e todos vão buscar, por isso as prateleiras estão sempre vazias. Para nós que vivemos num outro sistema de economia e de governo é algo difícil de entender. Porém, eles tem seus salários e podem comprar o alimento que quiserem e puderem.
Cada pessoa tem uma libreta (caderneta) de controle dos alimentos que recebe mensalmente. Apenas o básico. É muito comum faltar algum alimento, pois este só é distribuído quando tem o suficiente para toda a população.
Alguns legumes são escassos conforme a época do ano. Em Cuba, a escassez de alimentos é um problema, pois houve um investimento muito grande na saúde, na educação, mas a agricultura sofreu com o êxodo rural. Por isso hoje a população está pagando o preço de terem deixado o campo.
Reparem quão pequena é a área cultivada, quando poderia ser muito maior. Durante o trajeto fui fazendo perguntas à nossa guia que além de muito gentil, é muito bem formada e informada sobre todos os assuntos de Cuba. No fim da viagem, ganhei de presente uma revista sobre a agricultura cubana.
Conforme fui informada o governo tomou medidas para valorizar quem mora no campo, oferecendo um salário melhor para quem optar em ficar e trabalhar nas áreas rurais. Ouvi dizer também que a EMBRAPA está atuando lá, ajudando-os a melhorar seus cultivos.
Outra coisa muito comum é a agricultura urbana. A pessoa recebe um pequeno pedaço de terra numa área urbana para cultivar hortaliças. Andando por Havana é possível ver várias hortas desse tipo. Isso tem ajudado a suprir o mercado de verduras e legumes da cidade.
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