Sobre mim


Desde criança sonhava viajar e conhecer outros lugares. Certa vez conheci um grupo de ciganos que me contaram sobre suas viagens e quis ir embora com eles só para ficar andando pelo mundo. Mas não foi possível, pois eu era menor de idade. Por muito tempo viajei nos livros e conheci o mundo apenas na minha imaginação. Mas a partir dessas leituras fui criando um roteiro que na medida do possível quero realizar.
O fato de não ter dinheiro fez que esse sonho demorasse para acontecer. Mas eu nunca desisti dele. Hoje, viajar é uma escolha. Eu não fiquei rica, apenas administro a minha vida de modo a poder fazer o que mais gosto. Assim, abro mão de algumas coisas como trocar de carro, muitas roupas novas e vou seguindo meu sonho. Dessa forma, quando morrer, partirei feliz para a viagem mais definitiva que o homem pode realizar.

Faço este blog, por que muita gente me pede para mostrar-lhes as fotos das minhas viagens. Assim, mais pessoas poderão ver e planejar suas viagens também. Para aqueles que pensam que não tem recursos, vejam as dicas e lembrem-se que não dá para ter tudo na vida ao mesmo tempo.

Pode ser que daqui algum tempo minha prioridade mude. Quem sabe o dia de amanhã?

Eis uma dica: siga seus próprios sonhos e não os sonhos dos outros. Seja feliz!

Mari Vieira.


domingo, 22 de janeiro de 2012

Educação e Consciência

Capítulo 13



Quanto aos salários, geralmente são baixos para os nossos padrões. Se compararmos com o dolar. Um médico, por exemplo, ganha mais ou menos entre 500 e 600 pesos cubanos. Porém, o preço das coisas “para eles” é baixo também. A passagem de ônibus custa 0,40 centavos de peso local. Lá o ônibus não tem cobrador. A pessoa entra, coloca o valor da passagem no caixa e se necessário ela mesma pega o troco.


Ouvi algo difícil de acreditar. Caso alguém não tenha dinheiro pega o ônibus assim mesmo e no dia seguinte, quando usar o transporte novamente paga a passagem do dia anterior. Uma relação de confiança. É algo difícil de imaginar para nós.


Em Havana Velha, percebi que assim que as pessoas colocam o pé na faixa de pedestre, os carros param.
Em Havana já não é mesma coisa. Porém, certo dia de manhã saí para caminhar antes dos compromissos do dia e fiquei reparando o trânsito. Percebi alguns semáforos que não estavam funcionando.
Caminhava numa avenida movimentada em direção ao Malecom e parei por uns dez minutos observando o trânsito num cruzamento cujo farol estava quebrado. Em nenhum momento, os carros que vinham da rua que cruzava a avenida invadiram esta tentando passar e causando problemas. Paravam e observavam até ter uma brecha para passar. Então, passavam mais ou menos quatro veículos e os outros aguardavam a vez. Não havia guarda de trânsito e no entanto, ninguém invadia a pista contrária tentando passar e tumultuando tudo.

E já que estamos falando do trânsito e das ruas, outra coisa que chama muito a atenção dos visitantes é a limpeza nas ruas. Se repararam nas fotos anteriores as ruas são muito limpas. Não se vê papel, bituca de cigarro ou qualquer outro tipo de lixo nas ruas. Andando por lá se vê essas caçambas de lixo em todo quarteirão. As pessoas trazem o lixo direto das lixeiras e jogam nelas, evitando o uso de sacos plásticos, que aliás, lá é artigo de luxo.



Ouvi dizer que há bairros onde é possível ver sujeira nas ruas, mas durante nossas andanças por lá, mesmo visitando os bairros "mais humildes", eu não vi.




Digo mais humildes por que como já foi dito, em Cuba não há favelas. Mas existem bairros cujas casas apresentam um aspecto mais desgastado pelo tempo e precisando de uma pintura ou reforma.

Lixo jogado pelos turistas
na porta do hotel.







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