Sobre mim


Desde criança sonhava viajar e conhecer outros lugares. Certa vez conheci um grupo de ciganos que me contaram sobre suas viagens e quis ir embora com eles só para ficar andando pelo mundo. Mas não foi possível, pois eu era menor de idade. Por muito tempo viajei nos livros e conheci o mundo apenas na minha imaginação. Mas a partir dessas leituras fui criando um roteiro que na medida do possível quero realizar.
O fato de não ter dinheiro fez que esse sonho demorasse para acontecer. Mas eu nunca desisti dele. Hoje, viajar é uma escolha. Eu não fiquei rica, apenas administro a minha vida de modo a poder fazer o que mais gosto. Assim, abro mão de algumas coisas como trocar de carro, muitas roupas novas e vou seguindo meu sonho. Dessa forma, quando morrer, partirei feliz para a viagem mais definitiva que o homem pode realizar.

Faço este blog, por que muita gente me pede para mostrar-lhes as fotos das minhas viagens. Assim, mais pessoas poderão ver e planejar suas viagens também. Para aqueles que pensam que não tem recursos, vejam as dicas e lembrem-se que não dá para ter tudo na vida ao mesmo tempo.

Pode ser que daqui algum tempo minha prioridade mude. Quem sabe o dia de amanhã?

Eis uma dica: siga seus próprios sonhos e não os sonhos dos outros. Seja feliz!

Mari Vieira.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Cuba: vai lá!

Meus caros,

tive a felicidade de passar alguns dias em Cuba este ano e devo dizer-lhes que para conhecer esta fantástica Ilha, só mesmo indo até lá. Nenhum jornal, filme ou documentário conseguirá transmitir a emoção que se sente ao pisar naquela terra, ao conversar com aquele povo, ao visitar alguns lugares que não são mostrados. Parece que deliberadamente mostram apenas os pontos negativos que em qualquer lugar do mundo tem. Porém, o que percebi é que apesar de tantos embaraços, embargos e seja lá mais o que for, aquele povo não se dobra e tem muito orgulho de ser quem é: Cubano! E não poderia ser diferente num país que investiu tudo em educação e saúde.  Aquela gente, além de alegre, gentil, hospitaleira e solidária com todos, é educadíssima, consciente de sua cidadania, de seu lugar no mundo, tem ótima auto-estima. E fiquem pasmos, eles conhecem bem sua história passada e presente. É um povo politizado. Fora estes elogios todos, em Cuba nos sentimos em casa. Somos bem recebidos, a língua é um "pouco parecida" com a nossa e a comida é simples e deliciosa.


Aeroporto "José Marti" em Habana. José Julián Martí Pérez foi um político, pensador,
 jornalista, filósofo, poeta e maçom cubano ...
José Martí - Pensador 
pensador.uol.com.br › autores

 Logo quando chegamos ao aeroporto este me pareceu pequeno. Lembrou-me o de Porto Seguro na Bahia. Meu primeiro pensamento foi que de fato Cuba estava parada no tempo. Com um aeroporto internacional tão pequeno. Mas foi só impressão. Depois que tomamos o ônibus que nos levou à area de desembarque vi que o lugar era grande. Não é um aeroporto supermoderno. Mas com tantas dificuldades impostas a eles... E foi aí que comecei a desconstruir a imagem que eu (a TV)  havia formado na minha mente.


Olha quem foi nos buscar no aeroporto.
Uma jabiraca moderna.
Claro que não resistimos e tiramos uma foto.

Essa foi nossa segunda decepção ao contrário.
O danado tinha até ar condicionado.
Cadê a jabiraca amarela que nós vemos tanto na TV?


 Dica: Pessoal, não se esqueça de que para viajar aos países da América Central é necessário tomar a vacina contra febre amarela. Alguns pedem e outros não, então por via das dúvidas tomem logo e fiquem tranquilos por dez anos. Outra coisa, para ir a Cuba é necessário ter o visto. Mas não é difícil tirar, pois eles estão incentivando o turismo que é uma fonte de renda para o país que sofre com embargos econômicos. 
Olha a jabiraca (ônibus) amarela! E perto do aeroporto.
Bom, nos seguintes eu vi todo tipo de transportes. Aguardem!


Capítulo 2

Bueno, após tantas horas de vôo, todos querem dormir. Passamos muito tempo na Venezuela aguardando conexão. Gente, estou com muita vontade de conhecer a Venezuela. Bastou meio dedo de prosa com alguns venezuelanos no aeroporto e já fiquei curiosíssima. Eles dão risada por qualquer coisa! O tempo que passamos lá foi inesquecível para todos. Principalmente por causa da moeda "bolívar". Com um dolar você compra quatro bolívares. Ficou feliz? Esperem até ver os preços das coisas.... rsrsrsrs. A gente não sabia se ria ou chorava. No meu caso preferi dar muitas gargalhadas, pois não queria estragar a viagem logo no começo. Mas teve gente que ficou de mau humor. Era tudo muuuuito caro. Algumas pessoas trocaram dolar, euro e até real achando que iam comer feito reis. rsrsrsrs... só rindo. Qualquer "ensalada", sanduiche e outros custam mais ou menos oitenta e cinco bolívares. Agora façam as contas. Só rindo, né? No meu caso, acabei me dando bem depois de muita pesquisa e pechincha, comi "pabellon criollo", com platano frito e carne desfiada por dezessete dolares. Barato não? Mas meus pés doeram de tanto andar. Agora vou traduzir Pabellon criollo = arroz com feijão misturados tipo baião de dois, platano = banana. Ah, esqueci de dizer que ganhamos uma sopa e suco. Eu e minha amiga Marli.Viu que simples? Mas estava delicioso. Ou foi a fome?


Ficou com vontade? Vá a Venezuela!

Aguardem o capítulo 3:

Toca pra Varadeiro, motorista!



Nenhum comentário:

Postar um comentário